Os eventos tiveram como tema Dignidade, Direitos Humanos e Solidariedade: Rumo à Transformação Social,
e contaram com a participação de especialistas no tema e mais de 400
pessoas de países como Brasil, Chile, Cuba, Argentina, Colômbia,
Equador, Venezuela, México, Uruguai, Espanha e Porto Rico.
O
objetivo foi propiciar um ambiente de reflexão sobre a realidade
ibero-americana e discutir estratégias de intervenção e articulação
entre os trabalhadores para combater a violência no trabalho e promover a
saúde.
Conferências, debates,
minicursos, sessões de comunicação oral de trabalho, estudos e relatos
de experiência foram feitos durante o Congresso e o Seminário para
sensibilizar os presentes sobre as questões relacionadas à saúde do
trabalhador, à prevenção e ao combate ao assédio moral.
O
vice-presidente da APUFPR-SSind, Luis Allan Künzle, e a psicóloga
Fernanda Zanin, representaram a entidade nas mesas de debates sobre Assédio Moral e Gestão, Assédio Moral e Universidade, e no minicurso Assédio Moral e Ações em Universidades.
Nas
exposições foram compartilhadas as experiências do sindicato na luta
contra essa violência na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – que
teve uma decisão inédita na Justiça de reconhecimento de um caso de
assédio moral institucional coletivo – e os estudos dos casos acolhidos
na APUFPR-SSind, e foram amplamente discutidos os problemas e
características do assédio no funcionalismo público – em especial, na
universidade pública.
Para Künzle, a
troca de experiências e a ampliação do debate são fundamentais para
mudar essa realidade de violência disseminada por toda a América Latina,
fortalecer os mecanismos de luta e unificar o movimento.
“A
atual conformação da crise do capital tem feito com que – para impor
modelos de produtividade e submissão à lógica – cada vez mais as
práticas de assédio se incorporem à gestão das instituições. Precisamos
estruturar mais formas de intervenção capazes de combinar o acolhimento
ao assediado e políticas coletivas que questionem as instituições.
Precisamos lutar contra a institucionalização das formas de assédio”,
destaca o vice-presidente.
Ao fim do
Congresso, as entidades deliberaram pela formulação de uma carta com
propostas de políticas públicas voltadas ao combate ao assédio – que
deverá ser entregue aos governos de todos os países participantes do
evento, para promover a transformação social e melhorar essa realidade.
O próximo Congresso Ibero-Americano será realizado em 2017 na cidade de Quito, no Equador.
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