quinta-feira, 7 de julho de 2011

Conferencia magistral Margarida Barreto

México, Julio 2011
Fotografias: TAÍS FERREIRA

Auditorio "Román Pinã Chan"

Conferencia de la Dra. Margarida Barreto, Coordinadora adjunta del Núcleo de Estudios Psicosociales de la Dialéctica Exclusión Social - NEXIN-PUC/SP; Coordinadora de la Red Nacional de Combate al Acoso Moral y otras Manifestaciones de Violencia en el Trabajo; Faculdad de Ciencias Médicas de la Santa Casa de San Pablo.

Miércoles 6 de julio



Margarida Barreto começou sua conferência falando sobre o número de acidentes de trabalho, o trabalho infantil e escravo no Brasil de acordo com números da OIT ( Organização Internacional do Trabalho).

A médica falou sobre  a violência laboral como fenomeno histórico de dominação no mundo, com violação dos direitos humanos, exclusão no mundo do trabalho e os riscos não visíveis desta violência. A questão da intencionalidade dos donos dos meios de produção, da direção das empresas, pressionando por metas cada vez maiores, criando um clima de medo e insegurança no ambiente do trabalho, com práticas discriminatórias, ameaças, intimidações, racismo e assédio moral e sexual.

Para ela é fundamental uma reflexão interdisciplinar, um diálogo entre aréas como: psicologia, medicina, direito, sociologia, antropologia para se combater o assédio, o qual se caracteriza pela repetição, multiplicação dos ataques, queda da autoestima, que cria idéias suicidas, enfermidades e mortes.

Outro ponto importante em sua exposição foi o conceito correto do que é assédio moral para se evitar a banalização e falsas premissas como a da personalidade do indivíduo. Para ela a nova organização do trabalho cria nova subjetividade que compreende relações sociais, trabalho coletivo e que o que o indivíduo faz no trabalho tem relação com sua vida.

Ataques à reputação e à família, fofocas, rumores, provocações sistemáticas que têm o objetivo de prejudicar podem parecer "normais", brincadeira de mau gosto, mas, afetam a dignicade humana, causam angústia e com o tempo diminuição da capacidade de trabalhar. Os sindicatos têm que estar atentos, pois a questão do sofrimento do trabalhador não é individual e sim da organização do trabalho, portanto, e fundamental que se ouça o sofrimento do tralhador em uma conversa clínica prolongada em que o trabalhador tenho todo o tempo necessário para expor o que acontece, disse a médica.

Para terminar, Barreto lembrou aos mexicanos, que há 10 anos esta discussão também não existia no Brasil. Que a luta é difícil, mas é possível avançar no trabalho cotidiano de sensibilização de sindicatos, movimentos sindicais, academia. Um movimento por ética, para romper o silêncio e denunciar a realidade.

Taís Ferreira - jornalista brasileira
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 Confira as fotografias da conferência magistral de Margarida Barreto:





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